sexta-feira, abril 25, 2008

Another Day

Another Day

É uma música obrigatória para toda a gente que queira começar o dia como deve ser. Aliás, eu acho que esta música devia ser obrigatória para toda a gente que, como eu, acorda. Eu, como excelente cidadão e mecenas, já encomendei esta pérola de álbum chamado JIM. É das melhores coisas que tenho ouvido nos últimos tempos. É altamente contagiante. Não percebi na verdade porque é que não choveram comentários a cada vídeo que eu divulguei. Deve ser porque não é Indie Rock (yeah!) - seja lá o que isso for. Pérolas a porcos.

terça-feira, abril 22, 2008

escrever

A palavra escrita limita-nos. Sem ela não somos, mas com ela somos apenas por um momento. Somos aquele momento em que a passámos para o papel. Depois de a escrevermos já não somos. Éramos. Talvez fosse por isso que alguns (como Beckett e Joyce) desconfiavam dela. A palavra limita o que nós fomos. Escrevê-la é repeti-la e a cada repetição ela perde fulgor. Limita o nosso presente enquanto constante passado. Escrever é abdicar do futuro.

segunda-feira, abril 21, 2008

Badiou

"In The Century, Badiou provides a philosophical diagnostic of what the twentieth century was, breathtaking in its radicality. While all kinds of detractors, liberal and conservative, are trying to convince us that the twentieth century did not exist, that it was a monstruos aberration of totalitarian excesses, Badiou insists that something unique took place in the time-span from the October Revolution to the retreat of the Left in 1990 - an unheard of worldwide explosion of emancipatory politics which, in spite of its horrors*, should be fully assumed and prolonged. The lesson of the book is: remain faithful to the twentieth century. The Century is not 'the best' book of the last decade, it is simply the book of the last decade! Read it with the proper tremor, aware that you are reading a classic, that a figure like Plato or Hegel walks here among us!"

Comentário de Slavoj Zizek a "The Century" de Alan Badiou.

*Confesso alguma perplexidade perante o "in spite of its horrors", mas a última frase é realmente excitante.

sexta-feira, abril 18, 2008

a mulher do presidente


Depois dos casos da ministra da Defesa de Espanha, da Fernanda Câncio e da esposa de António Costa, a nossa primeira dama descreve-se como a mulher do presidente e fundamenta nessa posição a suposta impossibilidade de interesse num relatório sobre a pobreza na Madeira (que ela admite não ter lido e afirma não vir a ler). O meu coração realmente não aguenta estas coisas. Cavaco, como marido da mulher do Presidente, também se escusa a comentar as alarvidades de Alberto João Jardim. Eu, enquanto Português, escuso-me a comentar a merda que é esta classe política (mas reservo-me o direito de os insultar se os vir passar na rua).

Nem tinha visto isto mais à frente:

"A CDU deixou um apelo ao Presidente da República para que a Madeira integrasse um roteiro presidencial para a inclusão. 'Foi a ele, não a mim. Se ele vier, eu venho logo', disse."

domingo, abril 13, 2008

JIM 2 of 3

quarta-feira, abril 09, 2008

Gonzales


É obrigatório ir ao media e ver tudo o que há na categoria de video. Depois disso clicar em audio. Uma vez aí, ouvir o maravilhoso Boys Noize Vox Remix. Que dores. Estou deitado no sofá com uma dor localizada entre o rim e o pulmão esquerdo. Deve ser pancreatite. Como é que estes gajos fazem tão boa música? Porque é que vivem em Berlim? Porque é que eu não faço boa música? Porque é que eu não faço música? Porque é que eu não vivo em Berlim? Fodasse. A dor! a dor!

segunda-feira, abril 07, 2008

JIM 1 of 3

pornografia

As duas entrevistas ao Pedro Mexia que li este fim de semana (Time Out e Actual) mencionam pornografia. Prevêm-se tempos interessantes na cinemateca portuguesa. Talvez o próximo Divas às Matinés seja algo bem diferente.

ps. Concordo plenamente que a melhor pornografia é a caseira. Muito melhor que aquela pornografia inestética de tanta preocupação estética de mau gosto. Até porque a pornografia caseira teima em ser parca e diálogos. E, mesmo quando esses acontecem, são sempre filhos do improviso mais puro - aquele da sexualidade iminente - onde não há grande controlo verbal. Onde um grunhido e um ofegar são o mais eficaz rastilho.