sexta-feira, julho 27, 2007

Woody Allen


"Deus não existe e nós somos o seu povo eleito."

(in ípsilon, 27.07.2007)

quarta-feira, julho 25, 2007

I Don't Know Why (2)

Depois de procurar exaustivamente uma foto do Stevie Wonder que achasse adequada, sou forçado a admitir que o sorriso mais bonito do mundo não pertence a uma mulher.

sexta-feira, julho 20, 2007

I Don't Know Why


quinta-feira, julho 19, 2007

num bar em Lisboa

(a respeito da reunião do quarteto para o Médio Oriente, que decorre hoje em Lisboa, ouve-se no bar do Ministério dos Negócios Estrangeiros)

- Se fossem boas peças não precisavam de tanta segurança.

Ora nem mais...

quarta-feira, julho 18, 2007

Welcome to TAP Air Portugal

Na programação televisiva da TAP, no vôo de Bruxelas com destino a Lisboa, aos Jogos dos Médicos 2007 seguiu-se o Meeting de Natação de Elvas.

Respeito! segundo a legenda trata-se do Meeting de natação mais antigo do país.

segunda-feira, julho 09, 2007

num café em lisboa

(num café em lisboa)

- So what are you going to see while here?
- Don't know yet. We want to go south.
- Really? You must go to Vila Nova de Milfontes. It has a beautiful island nearby that has the name of the tree where peaches grow. How's it called?
- Palm Tree.

(minutos depois)

- If you're going to Lagos you must also visit Sagres. It's where they make the beer.

domingo, julho 08, 2007

conversas

Tenho uma amiga/ex caso mais ou menos mal acabado com a qual tenho umas conversas bastante sui generis quase sempre que encontro.

São conversas estranhas porque parecem encerrar, pelo menos para mim, uma série de sentimentos contidos (entre absoluto desejo e absoluto desprezo) e uma suposta conversa que nunca acabámos por ter.

São curtas as conversas que temos. Um shot de tensão.

À posteriori costumo pensar o quão subjectivas são aquelas conversas e a forma como o que digo pode ser mal-interpretado.

Ontem ela estava com um mui atraente vestido preto e branco. Não perdi a oportunidade de lho dizer:

- Esse vestido é giro. Vai-te bem.

Mal acabei de dizer "vai-te bem", pensei "espero que ela não pense o que eu estou a pensar agora".

Ainda bem que não disse " esse vestido és mesmo tu" ou "tem tudo a ver contigo".

quinta-feira, julho 05, 2007

Desculpa Régine

quarta-feira, julho 04, 2007

Desculpa Leslie

terça-feira, julho 03, 2007

música...

Música é algo central para mim.

A minha vida não existe sem música. Cada coisa que faço tem soundtrack, uma ou mais músicas que se coadunam com o que estou a fazer, com o meu estado de espírito, com o que estou a pensar, com o que sinto.

Ando devagar de carro exactamente para poder ouvir mais música. Vou relaxado no autocarro e no metro porque aproveito para ouvir música nova. Não consigo andar de carro ou de transportes públicos sem música. Chego ao ponto de, por vezes, não me apetecer mesmo tirar os headphones para falar com alguém que encontro. Não me apetece, não quero. Não quero sair daquele universo de ritmos. Dá-me um gozo enorme olhar para as pessoas enquanto oiço música. Sentir que embora estejamos na mesma rua, no mesmo passeio, no mesmo meio de transporte, estamos em mundos paralelos. Eu estou a ver um videoclip. Sou parte de um videoclip.

Adoro ouvir música aos berros. Gosto de ouvir todos os pequenos pormenores. Os tempos, os contratempos, os instrumentos de sopro, as cordas, as programações quando existem, a respiração de quem canta e de quem faz backing vocals.

Descontrolo-me totalmente a ouvir música. Já dei, em várias ocasiões, com pessoas a rirem de mim enquanto me abanava violentamente na plataforma do metro e dentro do mesmo. Não resisto. A mais flagrante foi quando ouvia o "Never Too Much" do Luther Vandross. Os meus mocassins deslizavam de um lado para o outro, numa tentativa falhada de moonwalk, fazia estalos com os dedos, mexia compulsivamente os lábios e a cabeça de olhos fechados, imaginando que tinha o microfone à minha frente. Quando finalmente abri os olhos, tinha uma senhora velhinha, que estava sentada do outro lado da plataforma, a olhar para mim com os olhos esbugalhados e um sorriso de boca aberta. Parecia uma criança. Eu parecia uma criança. Retribuí-lhe o sorriso, começou a dar o "Use Me" do Bill Withers e, felizmente, o metro apareceu, senão a senhora tinha começado a pensar que eu era efectivamente insano.

A minha costela de romântico inveterado é brutalmente afectada pela minha pazzia musical. Para eu encontrar uma pessoa que realmente ame, ou me fascine, ter bom gosto musical é meio caminho andado.

Já fui bem mais radical, ao ponto de achar que essa pessoa tinha que gostar da mesma música que eu. Agora já não sou assim. Basta que eu note que essa pessoa sente a música como eu a sinto. Seria perfeito que gostássemos das mesmas músicas. Mas não se pode ter tudo, e essa não é condição suficiente para amar.

No entanto, não abandono o sonho de estar a dançar, abraçado, a sussurrar ao ouvido de quem amo o "As" do Stevie Wonder.

E depois o "Feel Like Makin' Love" do D'angelo.

E de manhã o "Everybody Loves the Sunshine" do Roy Ayers.

Seguido do "Dreamin'" do Amp Fiddler, do "Loving you, Holding you" do Don Blackman, do "The Audience" do Hebert ( a versão live no Gilles Peterson"), do "I am Love" dos Jackson 5, do "Where Are We Going" do Marvin Gaye, do "The Only Ones" dos Moloko, do "Girl, I Think the World About You" dos Commodores.

Faltam tantas...

Nunca vou encontrar alguém assim.