segunda-feira, janeiro 12, 2009

Passion Pit

The Boston, MA-based Passion Pit began as a one-man project of singer and songwriter Michael Angelakos to produce a Valentine's Day gift for his girlfriend. The gift, an EP entitled Chunk of Change, soon wound up in the hands of friends and acquaintances, who were enthralled with the work. (tomei conhecimento destes seres via Sound + Vision).

O EP é bem giro. Bom, já que se escreve sobre esta espécie de pop que é o pop índio, confesso-me perplexo por haver uma quasi unanimidade no que respeita à nomeação do disco homónimo dos Vampire Weekend como um dos discos do ano passado. A sorte é que, por certo, serão todos obrigados a comer os encómios quando o álbum tiver sucessor. Eu sei que alguma animosidade extra pode toldar o espírito crítico, mas nunca consegui engolir aquela merda de eles gostarem de caracterizar a música deles como Upper West Side Soweto. Irrita-me. Soa-me a Hippie Chic. Além do mais, acho que lhes falta aquela decandência fundamental que sustenta a magia do rock índio (se bem que estes Passion Pit também me parecem ser excessivamente cheirosos). Também me preocupam os elogios palavrosos aos Last Shadow Puppets. É giro, tem umas canções interessantes, o tipo tem uma pronúncia engraçada, algumas melodias são jeitosas, e, por vezes, as linhas da voz são inesperadas e resultam bem. Mas é isso. Pronto, é bem orquestrado. Tem uns metais engraçados aqui e ali. As letras têm substância e vê-se que não há uma procura pela rima fácil. Pronto, ok. Last Shadow Puppets até pode ser mais giro do que eu achava antes de começar a escrever a série de coisas positivas que escrevi sobre eles. Há uma falha contudo: falta um bocadinho de violência na música (não nas letras) que o indie deve ter, nem que seja para mostrar se lhe for pedido. Ainda que, biograficamente falando, o gajo dos Puppets, que pertence aos Monkeys, namore com a Alexa Chung. O que é uma espécie de violência.

3 comentários:

Morales disse...

Partilho da tua não rendição a Last Shadow Puppets...ou srá q dps de escrevers o post já te rendeste? lol

Quanto a Vampire Weekend, acho que, independentemente das caracterizações que eles ou outros fazem do estilo de música, a música que fazem (que, ao fim ao cabo, é aquilo por que têm q ser avaliados) é muito boa. Oxford Comma é genial!

filipe canas disse...

Excelso Pintulis,

LSP é bom. É, de certa forma, diferente. Aqueles violinos ficam mesmo bem.

Vampire é um problema meu, mas uma pessoa tem que ter as suas batalhas contra o mundo, senão não se sente completo (pode é escolhe-las mal, o que é toda uma outra história).

O Oxford Comma, na minha perspectiva altamente enviezada, é uma americanização do cantar tirolês do José Figueira no Bué da Louco.

Morales disse...

Lol.

Esse é para mim dos grandes misterios do audiovisual português. Como é q os caminhos de José Figueiras e do canto tirolês se cruzaram. lol

Eu tb tnho uma dessas batalhas. Mas a minha é mais dura porque tem como adversário a banda (provavelmente) mais consensual do planeta: Os U2!

Mas ainda não perdi a esperança de ganhar esta batalha contra o resto do mundo...