“Podemos ter confiança absoluta em alguém que exige ser tratado como qualquer chefe de Estado e que, antes da sua chegada a solo francês, afirma [na cimeira UniãoEuropeia-África, em Lisboa] que o terrorismo é legítimo para os fracos?”, perguntou Rama Yade em entrevista ao jornal Le Parisien. “O coronel Kadhafi deve compreender que o nosso país não é um capacho sobre o qual um dirigente, terrorista ou não, pode vir limpar os pés ensanguentados dos seus crimes. A França não deve receber esse beijo da morte.” E disse mais: se é certo que o Kadhafi de hoje, que renunciou ao nuclear militar, “não é o mesmo dos tempos de Mitterrand e de Chirac”, sob o seu regime ainda “continua a haver desaparecidos. A imprensa não é livre. Detidos são torturados. A pena de morte foi suprimida para os líbios mas não para os africanos subsarianos”. E quando ele exige indemnizações da Europa à África pelo passado colonial, Rama Yade,nascida em Dacar, responde-lhe: “Que ele pague também compensações pela escravatura intra-africana, ainda hoje com consequências nas relações entre Estados africanos do Norte e do Sul do Sara”.
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Não é a primeira vez que Rama Yade enfrenta o “chefe”. Quando Sarkozy foi à China e não a levou, ela proclamou bem alto que ficou ofendida. Na entrevista ao Parisien, repetiu:“Porquê esconder a secretária de Estado dos Direitos Humanos? Não é preciso virar as costas à diplomacia dos valores. [Assim] arrisco-me a ficar em desemprego técnico”.
in P2, 12.12.2007
Não é a primeira vez que Rama Yade enfrenta o “chefe”. Quando Sarkozy foi à China e não a levou, ela proclamou bem alto que ficou ofendida. Na entrevista ao Parisien, repetiu:“Porquê esconder a secretária de Estado dos Direitos Humanos? Não é preciso virar as costas à diplomacia dos valores. [Assim] arrisco-me a ficar em desemprego técnico”.
in P2, 12.12.2007
1 comentário:
e ainda por cima e linda de morrer
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