Curiosamente, a minha reacção ao Sabor da Melância foi deveras semelhante à reacção da minha mãe quando viu os trabalhos de Günter Brus e dos seus restantes companheiros da Wiener Aktionismus.
No MUMOK, em Viena, entrámos numa tenda com uma instalação vídeo que mostrava Brus a cortar-se e a coser-se como se de uma marioneta se tratasse. A minha mãe saiu passados dois minutos.
Quando saí, ela perguntou-me imediatamente - "Onde é que ele está?"
Eu respondi que não fazia ideia. Lembro-me de rir com a minha irmã. A minha mãe disse aquilo como se lhe quisesse dar uns açoites.
No MUMOK, em Viena, entrámos numa tenda com uma instalação vídeo que mostrava Brus a cortar-se e a coser-se como se de uma marioneta se tratasse. A minha mãe saiu passados dois minutos.
Quando saí, ela perguntou-me imediatamente - "Onde é que ele está?"
Eu respondi que não fazia ideia. Lembro-me de rir com a minha irmã. A minha mãe disse aquilo como se lhe quisesse dar uns açoites.
Quando saí do cinema, não procurava o autor de Sabor a Melância para lhe dar uns tabefes. No entanto, gostava de saber como é a cara da personagem demente que imaginou aquele filme.
5 comentários:
Eu até já estive para ir ver este filme, porém o sabor a um fruto já me deixou queimada há uns anos.
Com esta comparação deixaste-me com MEDO, MUITO MEDO.
tb a mim. foda-se (primeiro palavrao das minhas incursoes na blogosfera) (que mentira). Bom, tb a mim.
foda-se
esse austriaco é um mamado. essa besta cortou-se mesmo?
Onde acaba a arte e começa a insanidade?
O que é arte afinal?
Penso muito nisto. as vezes desculpam-se os artistas excentricos e chocantes com um "pá, isto é arte".
será que cortar-se e coser-se - ainda que num contexto de Busca e Expressao artistica com um background, um curriculo e uma Obra - é arte?
(E ja agora, recomendas ir ver o sabaor da melancia?)
Eu não recomendo o filme, mas foi uma experiência interessante.
Acho que não faz mal a ninguém vê-lo. É grotesco.
Um pouco como os trabalhos da Wiener Aktionismus.
Não sei se classificaria como arte o trabalho de Brus. Na verdade, não me lembro de toda a envolvente da sua obra.
Gosto de alguma arte pela envolvente - por exemplo os trabalhos de François Dufrêne que tive a oportunidade de ver há pouco tempo em Serralves.
Mas gosto, especialmente, de arte pelo belo. Pela sensação estética do belo, e pela reacção dos nossos sentidos a essa mesma beleza.
Não considero os trabalho de Brus belos.
E na verdade, não me interessa muito a envolvente em que o bando da Wiener Aktionismus fez aquilo.
Não aprecio particularmente este tipo de filmes,mas percebo que gere curiosidade apesar de a mim não me suscitar qualquer tipo de interesse.
Já agora, o filme só está em determinadas salas, correcto?
Acho que sim.
Eu vi no King.
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