As memórias são o mais complicado.
São o mais duro de um fim, de uma ausência. São o que nos torna incompletos. São tão duras e difíceis que mesmo aquilo que foi mau pode parecer bom. Como cores mais escuras num quadro lindo.
São duras porque se manifestam muitas vezes quando menos queremos e especialmente quando menos as esperamos.
Basta um barulho, um gesto, uma língua, uma pronúncia, uma música, aquela música, aquela música no carro, no miradouro, no jardim, no parque, um sabor, um quadro, um pintor, um livro, um perfume, o perfume.
Custam tanto as memórias. É como se apanhassemos um choque do nosso subconsciente. Uma descarga eléctrica que nos lembra que ainda não esquecemos. Que ainda lá está, a pairar, às voltas, de um lóbulo para o outro como uma bola de pingue-pongue.
São tão fortes por vezes. Batem com tanta força quando estamos sozinhos. Quando estamos tristes, soturnos, melancólicos.
São duras mesmo acompanhados, quando nos sentimos subitamente deslocados e vazios, de um momento para o outro. O riso farto torna-se débil. Achamos piada, até podemos rir, mas sempre arrepiados, como se tivessemos uma sombra interior que traz o frio, que nos rouba o sol.
São tão inesperadas.
Até parecia que estava tudo bem.
São o mais duro de um fim, de uma ausência. São o que nos torna incompletos. São tão duras e difíceis que mesmo aquilo que foi mau pode parecer bom. Como cores mais escuras num quadro lindo.
São duras porque se manifestam muitas vezes quando menos queremos e especialmente quando menos as esperamos.
Basta um barulho, um gesto, uma língua, uma pronúncia, uma música, aquela música, aquela música no carro, no miradouro, no jardim, no parque, um sabor, um quadro, um pintor, um livro, um perfume, o perfume.
Custam tanto as memórias. É como se apanhassemos um choque do nosso subconsciente. Uma descarga eléctrica que nos lembra que ainda não esquecemos. Que ainda lá está, a pairar, às voltas, de um lóbulo para o outro como uma bola de pingue-pongue.
São tão fortes por vezes. Batem com tanta força quando estamos sozinhos. Quando estamos tristes, soturnos, melancólicos.
São duras mesmo acompanhados, quando nos sentimos subitamente deslocados e vazios, de um momento para o outro. O riso farto torna-se débil. Achamos piada, até podemos rir, mas sempre arrepiados, como se tivessemos uma sombra interior que traz o frio, que nos rouba o sol.
São tão inesperadas.
Até parecia que estava tudo bem.
1 comentário:
e se de repente, aquele perfume passa por ti no metro, ou na fila do supermercado?...I know that feeling.
As mães têm razão: os perfumes são caros. Nós é que nos esquecemos disso.
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