Que bom que foi hoje.
Estava a sair de casa com um fato antigo do meu pai.
É bem giro o fato. Cinzento mas o tecido tem umas minúsculas, quase imperceptíveis, pintinhas brancas.
O corte é bem clássico. As calças são tão apertadas junto aos sapatos que, para meter as meias outra vez no joelho, quase que rasgo o fato.
Chego ao metro e, paranóico como sou, estou sempre a verificar se não me esqueci de nada. Por acaso, agora pensando (e já tinha pensado nisto), sou capaz de ter uma paranóia grave. Sempre que alguém se encosta a mim temo ser roubado.
Deve ser ainda reflexo de viver numa cidade cheia de carteiristas (não é Lisboa - os carteiristas são mais românticos que os assaltantes. Pelo menos não intimidam. É quase como uma arte).
Bem, voltando ao fato.
Estava a ver se não me esquecia de nada, a ver se tinha os bilhetes, o telemóvel, o i-pod, a carteira, o telemóvel, as chaves, quando, ao apalpar o bolso do peito descubro um pente.
Sim.
Um pente pequeno de um hotel de Braga que fechou em 1982.
Que bem que me senti com toda a gente no metro a olhar para mim enquanto em penteava o meu cabelo ainda molhado. Que imagem clássica era o meu reflexo no vidro da porta.
Parecia que estava de volta aqueles tempos dos filmes. Parecia que ia para um encontro. Que estava a sair do eléctrico em Chicago.
A partir de hoje só me penteio em público.
Estava a sair de casa com um fato antigo do meu pai.
É bem giro o fato. Cinzento mas o tecido tem umas minúsculas, quase imperceptíveis, pintinhas brancas.
O corte é bem clássico. As calças são tão apertadas junto aos sapatos que, para meter as meias outra vez no joelho, quase que rasgo o fato.
Chego ao metro e, paranóico como sou, estou sempre a verificar se não me esqueci de nada. Por acaso, agora pensando (e já tinha pensado nisto), sou capaz de ter uma paranóia grave. Sempre que alguém se encosta a mim temo ser roubado.
Deve ser ainda reflexo de viver numa cidade cheia de carteiristas (não é Lisboa - os carteiristas são mais românticos que os assaltantes. Pelo menos não intimidam. É quase como uma arte).
Bem, voltando ao fato.
Estava a ver se não me esquecia de nada, a ver se tinha os bilhetes, o telemóvel, o i-pod, a carteira, o telemóvel, as chaves, quando, ao apalpar o bolso do peito descubro um pente.
Sim.
Um pente pequeno de um hotel de Braga que fechou em 1982.
Que bem que me senti com toda a gente no metro a olhar para mim enquanto em penteava o meu cabelo ainda molhado. Que imagem clássica era o meu reflexo no vidro da porta.
Parecia que estava de volta aqueles tempos dos filmes. Parecia que ia para um encontro. Que estava a sair do eléctrico em Chicago.
A partir de hoje só me penteio em público.
2 comentários:
q bom! q bom post!
Mágico! O post e o momento...
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