Eu nunca percebi muito de relações e de engates.
Sempre fui, e ainda sou de certa forma, um bocado coxo em tudo o que diz respeito ao sexo oposto.
Oscilo entre falta de confiança, ingenuidade e uma péssima interpretação de qualquer sinal ou símbolo. Nunca consigo perceber as coisas no momento, sempre apenas depois quando penso e repenso. E, mesmo aí, por vezes, ainda duvido (o que não retira a depressão de não ter aproveitado "o" momento).
Claro que falo destas coisas com os meus amigos, e eles comigo. Temos umas visões e experiências bastante diferentes sobre a vida e sobre o sexo oposto.
No que respeita aos engates, toda a gente é diferente claro. No entanto, estava a pensar no assunto (saiba-se lá porquê) e acho que sou a única pessoa que conheço que alguma vez perguntou:
- Posso-te beijar?
Isto leva-nos imediatamente para o equivalente no engate normal - o saltar á boca.
As conversas passam sempre por isto:
-E saltaste-lhe á boca?
-Blá blá blá.
-E, saltaste-lhe á boca?
Assim ad eternum.
Nunca ocorre a ninguém perguntar se pode beijar.
Claro que há momentos que são mais ou menos óbvios. Nesses, a pergunta não faz qualquer sentido – até estraga na verdade.
Mas, por vezes parece-me, a pergunta é mesmo a melhor coisa que podemos fazer, em vez de um rápido movimento com o pescoço e alguma força nos lábios para não mostrar os dentes.
O saltar á boca é sempre um acto furtivo. O consentimento vem depois. O posso-te beijar não. É uma pergunta que dispensa resposta. Um olhar basta. Um sorriso também. Umas bochechas avermelhadas também dizem qualquer coisa.
Tem tão mais piada.
Claro que não é coisa de discoteca e nem é para toda e qualquer rapariga.
Mas, quando somos complicados, preocupados e achamos que temos qualquer coisa a perder com a brusquidão de um acto que nem sempre é irreflectido, acho que a pergunta não fica nada mal.
Até porque perguntar não ofende.
Sempre fui, e ainda sou de certa forma, um bocado coxo em tudo o que diz respeito ao sexo oposto.
Oscilo entre falta de confiança, ingenuidade e uma péssima interpretação de qualquer sinal ou símbolo. Nunca consigo perceber as coisas no momento, sempre apenas depois quando penso e repenso. E, mesmo aí, por vezes, ainda duvido (o que não retira a depressão de não ter aproveitado "o" momento).
Claro que falo destas coisas com os meus amigos, e eles comigo. Temos umas visões e experiências bastante diferentes sobre a vida e sobre o sexo oposto.
No que respeita aos engates, toda a gente é diferente claro. No entanto, estava a pensar no assunto (saiba-se lá porquê) e acho que sou a única pessoa que conheço que alguma vez perguntou:
- Posso-te beijar?
Isto leva-nos imediatamente para o equivalente no engate normal - o saltar á boca.
As conversas passam sempre por isto:
-E saltaste-lhe á boca?
-Blá blá blá.
-E, saltaste-lhe á boca?
Assim ad eternum.
Nunca ocorre a ninguém perguntar se pode beijar.
Claro que há momentos que são mais ou menos óbvios. Nesses, a pergunta não faz qualquer sentido – até estraga na verdade.
Mas, por vezes parece-me, a pergunta é mesmo a melhor coisa que podemos fazer, em vez de um rápido movimento com o pescoço e alguma força nos lábios para não mostrar os dentes.
O saltar á boca é sempre um acto furtivo. O consentimento vem depois. O posso-te beijar não. É uma pergunta que dispensa resposta. Um olhar basta. Um sorriso também. Umas bochechas avermelhadas também dizem qualquer coisa.
Tem tão mais piada.
Claro que não é coisa de discoteca e nem é para toda e qualquer rapariga.
Mas, quando somos complicados, preocupados e achamos que temos qualquer coisa a perder com a brusquidão de um acto que nem sempre é irreflectido, acho que a pergunta não fica nada mal.
Até porque perguntar não ofende.