segunda-feira, outubro 26, 2009

dirty work

"Quem conhece o livro de Coetzee saberá, aliás, que o sentido da história de David Lurie (Malkovich) - professor de literatura numa universidade da Cidade do Cabo que procurará refúgio na quinta da filha depois de se envolver com uma aluna - se articula em três etapas: uma tese (a ordem do eu cativo do seu próprio egoísmo), uma antítese (a desordem do eu cativo da violência dos outros) e uma síntese (a desordem ordenada do eu despojado de si."


Vasco Baptista Marques no Actual desta semana, a propósito a adaptação de Disgrace, romance de J.M. Coetzee, ao cinema.

Por acaso eu até conheço relativamente bem o livro em questão e devo dizer que notei que existiam efectivamente etapas no romance de Coetzee: o princípio, o meio e o fim. Em todas elas, o único 'eu despojado de si' era eu. Em algumas partes da leitura, o 'eu cativo da violência dos outros' era a minha prima que andava de caso com um guia da guiana francesa (li o livro nas férias). De qualquer forma, aproveito para pedir as minhas desculpas ao Vasco Baptista Marques. Sou uma merda, Vasco. Espero que compreendas. Um abraço.

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