Via Ana Cristina Leonardo, chego a este excelente texto de Ferreira Fernandes sobre a professora de História que tentou dar uma aula de educação sexual aos alunos (nem sei bem se a história é essa e já vi umas vinte reportagens sobre isso na Sic Notícias). Assim, sem pensar muito, lembro-me dos professores que apalpavam alunas nas aulas de educação física (havia um, o Lino, que tinha tanta classe que as apalpava no preciso momento em que elas tocavam com as mãos no boque depois de saltarem no trampolim), daqueles que berravam até os olhos saltarem das órbitas (e que nos enchiam de perdigotos), de uma que estava com a vagina sempre encostada ao bico da mesa (isto é capaz de ser imaginação minha), e da professora que fechou a braguilha ao aluno no nono ano (a mesma que chamou paneleiro a um gajo por ter furado a orelha). A escola sempre foi um sítio maravilhoso. Não é por nada que, há medida que os anos passam, cada vez mais queremos voltar para lá.
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4 comentários:
eu por acaso aqui nao concordo contigo.
Longe (muito longe) de defender um quadro moral cinico e opressivo como nos paises anglo-saxonicos - onde os professores tem tanto medo de serem processados por qualquer tipo de abuso que as vezes ja nem falam com os alunos - penso que a escola enquanto local de impunidade do adulto depravado é um fenómeno triste e deprimente.
Esse carácter de que aí falas, o Lino, é de vómito.
Pá, isto é galhofa. Na escola sempre haverão comportamentos degradantes. Já no nosso tempo havia.
Agora andar a filmá-los e a gravá-los e a denunciá-los publicamente é que me parece uma parvoíce.
Como tu um dia disseste:
Só porque vivemos determinada realidade, não quer dizer que esta não esteja errada, e não se possa mudar.
Os professores devem ser exemplos a seguir.
Só porque tiveste alguns maus professores, tal como eu, e isso não te traumatizou, não quer dizer que esses professores devam continuar a existir.
R. está cheia de razão.
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