quarta-feira, setembro 26, 2007

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Aos 84 anos, André Gorz escolheu partir com Dorine, 83 anos, a sua mulher. “Nenhum de nós gostaria de sobreviver à morte do outro. Dissemo-nos que se, mesmo impossível, tivéssemos uma segunda vida, gostaríamos de a passar juntos.” Era o fim do livro. Na segunda-feira, na porta da sua casa de Vosnon (Nordeste de França), para onde o casal se tinha retirado há quase vinte anos, uma simples mensagem:“Prevenir a polícia.” Uma amiga encarregou-se disso. Repousavam os dois lado a lado.

in P2, 26.09.2007

4 comentários:

Anónimo disse...

De facto envelhecer apura alguma coisas, o amor é uma delas.

dartacão disse...

Concordo, o envelhecer tem coisas boas e más,mas de facto a maneira de sentirmos as coisas tocam-nos muito mais, há "laços que se tornam inquebravéis"...

A questão de uma 2ªvida é sem dúvida encarada com o aproximar do fim,é triste mas é verdade.

filipe canas disse...

A coisa em que eu pensei quando vi esta notícia, foi se veremos coisas destas num P2 de 2057.

Tenho as minhas dúvidas.

Amarcord disse...

Se até a morte foi boa, imagina como não deve ter sido a vida..

ouve Niña Pastori canta Joaquín Sabina - Contigo.

Y morirme contigo si te matas,
Y matarme contigo si te mueres,
Porque el amor, cuando no muere, mata
Y porque amores que matan nunca mueren

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