Eu gostei bastante da prestação dos The Streets na edição deste ano do festival Sudoeste.
Liderados por um Mike Skinner que canta/recita tão bem ao vivo como nos álbuns e que não parece ligar a qualquer código de vestir que esteja na moda, eu achei o concerto bastante bom. Fartei-me de dançar. Dancei bastante mais do que achei que seria possível pelo registo dos cds.
Achei a banda bastante boa e a presença em palco forte. Gostei particularmente das vozes que o acompanhavam, especialmente da forma como se entrosavam (especialmente no Has It Come to This).
As críticas são o que são. No fundo são artigos de opinião, escritos por pessoas mais ou menos especializadas. Valem por isso o que valem.
Fiquei um bocado surpreendido por tanto o Público como o DN classificarem o concerto dos The Streets como a grande desilusão do Sudoeste. O Público chama-lhes "uns M. People azeiteiros", dizendo ainda não perceber "porque raio anda a tocar Let’s Push Things Forward, Has It Come To This? ou Fit But You Know It com uma banda e uma atitude que destituem a sua obra de qualquer profundidade". O DN diz que, embora bons em palco, "foi bastante notória a falta de adesão do público perante um som com o qual não sente muitas afinidades", corolário que justifica a afirmação inicial, segundo a qual a "estreia dos The Streets não foi, afinal, tão brilhante quanto a sua estreia em solo português poderia pressupor".
Na minha opinião (que vai ser inusitadamente pífia), isto não corresponde à verdade. Mike Skinner gosta de tocar com uma banda, em vez de ter um gajo com um computador atrás dele a carregar no play e no stop. O Sam the Kid também gosta de tocar com banda e o facto é muito celebrado pelo autor do artigo do Público. Se a banda era boa ou má não sei. Eu achei bastante coesa e consistente, como já disse, de resto. Chamar-lhes uns M. People azeiteiros é obviamente insultuoso, nem tanto pelos M. People (que não têm nada a ver) como pelo adjectivo azeiteiro, de óbvio mau gosto. Será que o autor chama azeiteiro a toda a gente de quem não gosta? (parte pífia)
Puro mau senso.
A crónica do DN tem mais nível, sem dúvida. É mais comedida nas palavras, o que é de louvar. Não deixo no entanto de achar muito estranho, vindo especialmente de um suposto crítico, a lógica do artigo. A equação que resume o artigo é "pouca adesão do público = a mau concerto".
Parece-me uma lógica insatisfatória, especialmente para um crítico que, no decorrer da sua actividade profissional, já deve ter, com certeza, assistido a concertos excelentes sem adesão do grande público.
Tem lá culpa o Mike Skinner que a maioria daquela gente ache mais piada a ouvir 5 horas seguidas de 3 acordes de guitarra de ritmo e pull-outs consecutivos com um sotaque falsamente jamaicano(um pull-out do alemão Martin Jondo ou dos portugueses Sounds Portugueses vale o que vale) (parte muito pífia, quase reles).
Como dizia, com razão, um artista francês (o nome não me lembro) à CNN, a democracia tem mau gosto. A falta de público nos The Streets é exemplo (mais um) disso.
Estas críticas são a prova que o mau gosto está por toda a parte, mesmo (ou especialmente) nos jornais mais lidos do país (parte extremamente pífia, quase reles, a tocar o vil, o grosseiro e o ordinário).
Liderados por um Mike Skinner que canta/recita tão bem ao vivo como nos álbuns e que não parece ligar a qualquer código de vestir que esteja na moda, eu achei o concerto bastante bom. Fartei-me de dançar. Dancei bastante mais do que achei que seria possível pelo registo dos cds.
Achei a banda bastante boa e a presença em palco forte. Gostei particularmente das vozes que o acompanhavam, especialmente da forma como se entrosavam (especialmente no Has It Come to This).
As críticas são o que são. No fundo são artigos de opinião, escritos por pessoas mais ou menos especializadas. Valem por isso o que valem.
Fiquei um bocado surpreendido por tanto o Público como o DN classificarem o concerto dos The Streets como a grande desilusão do Sudoeste. O Público chama-lhes "uns M. People azeiteiros", dizendo ainda não perceber "porque raio anda a tocar Let’s Push Things Forward, Has It Come To This? ou Fit But You Know It com uma banda e uma atitude que destituem a sua obra de qualquer profundidade". O DN diz que, embora bons em palco, "foi bastante notória a falta de adesão do público perante um som com o qual não sente muitas afinidades", corolário que justifica a afirmação inicial, segundo a qual a "estreia dos The Streets não foi, afinal, tão brilhante quanto a sua estreia em solo português poderia pressupor".
Na minha opinião (que vai ser inusitadamente pífia), isto não corresponde à verdade. Mike Skinner gosta de tocar com uma banda, em vez de ter um gajo com um computador atrás dele a carregar no play e no stop. O Sam the Kid também gosta de tocar com banda e o facto é muito celebrado pelo autor do artigo do Público. Se a banda era boa ou má não sei. Eu achei bastante coesa e consistente, como já disse, de resto. Chamar-lhes uns M. People azeiteiros é obviamente insultuoso, nem tanto pelos M. People (que não têm nada a ver) como pelo adjectivo azeiteiro, de óbvio mau gosto. Será que o autor chama azeiteiro a toda a gente de quem não gosta? (parte pífia)
Puro mau senso.
A crónica do DN tem mais nível, sem dúvida. É mais comedida nas palavras, o que é de louvar. Não deixo no entanto de achar muito estranho, vindo especialmente de um suposto crítico, a lógica do artigo. A equação que resume o artigo é "pouca adesão do público = a mau concerto".
Parece-me uma lógica insatisfatória, especialmente para um crítico que, no decorrer da sua actividade profissional, já deve ter, com certeza, assistido a concertos excelentes sem adesão do grande público.
Tem lá culpa o Mike Skinner que a maioria daquela gente ache mais piada a ouvir 5 horas seguidas de 3 acordes de guitarra de ritmo e pull-outs consecutivos com um sotaque falsamente jamaicano(um pull-out do alemão Martin Jondo ou dos portugueses Sounds Portugueses vale o que vale) (parte muito pífia, quase reles).
Como dizia, com razão, um artista francês (o nome não me lembro) à CNN, a democracia tem mau gosto. A falta de público nos The Streets é exemplo (mais um) disso.
Estas críticas são a prova que o mau gosto está por toda a parte, mesmo (ou especialmente) nos jornais mais lidos do país (parte extremamente pífia, quase reles, a tocar o vil, o grosseiro e o ordinário).
6 comentários:
Canetas,
Sem ter ido ao concerto dos The Streets, ou melhor, sem me lembrar de ter visto alguém com esse nome, sou obrigado a concordar com quase tudo o que dizes.
Digo quase porque não gosto de radicalizar tanto a questão,que nem todas as pessoas são obrigadas a gostar do mesmo e nem sempre uma banda totalmente elaborada é melhor que um pacóvio a tocar uns acordes e cantar sons banais. Às vezes, 3 acordes conseguem ser mais expressivos que bandas inteiras. Não é normal, mas acontece.
Agora, que o mau gosto está em toda a parte sem dúvida. Nas democracias é evidente...mas olha que o Fidel também não anda vestido de Armani.
Seabra,
este texto é exagerado. Tentei fingir, (ao que parece pelo teu comentário) com algum sucesso, que me indignava a porcaria que estes gajos escreveram.
Na verdade não me podia estar mais borrifando para eles. Eu gostei.
Também sei que se os confrontasse com isto, eles me diriam que é apenas a opinião deles.
Eu compreenderia.
Isto foi apenas provocação. Tenho que praticar este estilo de escrita.
Abraço.
Amo-vos a todos e por escreverem no blog do meu tio.
ass. vitima de comparação a Jamiroquai e DR SAX. aka Sodomizado
Canetas,
Cá estaremos para ver.
eu não fui, mas gosto muito do mike skinner. Escreve muito boas coisas. Coisas que the world won't listen...
que bom post! Tambem gostei da piada de joao pedro de oliveira grao vasco (fidel). adorei o abuso da palavra pifia. e a citacao do artista frances e brilhante e esta totalmente de acordo com o teor do texto.
so queria acrescentar que o facto de ser o critico de musica de um jornal com grande tiragem nao confere a ninguem autoridade musical (ate porque a qualidade da musica depende do gosto de cada um). por isso, nem sei porque andas a ler essas merdas.
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